terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pedal dos Costões (dia 2)


No dia seguinte, acordamos por volta das 5:45h, ainda sob chuva (que caiu de forma intensa por toda madrugada), o córrego tinha um volume muito maior e sua água já estava bem toldada, sinal de que nas encostas também havia chovido muito.

Hora de tomar a primeira decisão séria: seguir pelo traçado original (lama e pedras), seguir pelo asfalto, ou abortar em função de tanta chuva?!
Decisão acatada por todos: vamos para casa!
Assim, retornamos ao centro de Timbé para trocar os arames da garupa por um parafuso de verdade e pegar o asfalto até Turvo onde retornaremos para casa.

Pouco antes de chegarmos ao centro paramos em uma mercearia, para abastecermos nossas caramanholas, foi onde batemos um dos melhores papos de todo o caminho, ao explicarmos ao dono da mercearia e seu amigo qual nossa idéia, ele prontamente respondeu: “... então se vocês querem aventura, tem que ir por aqui mesmo” apontando para a estrada de terra que realmente era nosso trajeto e que agora estava sendo abandonada. Segundo ele o caminho tinha lama e morros, porém logo estaríamos em Morro Grande. Nosso novo amigo nos deixou pensativos novamente, mas precisávamos antes de tudo, de uma mecânica.
Chegamos ao centro, encontramos a mecânica, demos mais um banho nas magrelas, rediscutimos e mantemos a idéia, bora pra casa.

Até Turvo seriam 21 quilômetros, que percorremos ainda sob chuva. Ao menos conseguimos desenvolver um pouco melhor a pedalada, e fizemos o percurso em pouco mais de uma hora. Chegando a cidade, a chuva estava parando... nos alimentamos e seguimos caminho.

Daí para diante o caminho é todo plano, dividido basicamente em duas longas retas, que no nosso caso são quase de Sul-Norte. E esse foi passou a ser nosso maior problema. Aparentemente o tempo começa a mudar e as nuvens aos poucos vão dando espaço ao céu azul, e com as nuvens indo, vem o vento do quadrante Norte, forte, com rajadas ainda mais intensas. Felizes com o sol! Exaustos pelo vento.
Para pedalar a 12km/h não era fácil, precisava-se fazer força o tempo todo para se manter andando. Assim, penamos por 30 quilômetros até Forquilhinha.
 

Nesse momento o vento ainda era forte, mas o sol já brilhava com vontade. Paramos para nos hidratar e repensar a estratégia, já que tínhamos a companhia do sol.
Nova decisão: retomemos o caminho da forma mais rápida possível!
Então seguimos em direção a Barragem do Rio São Bento, retornando à rota original.

Montamos acampamento bem próximo à Barragem, depois de 76,6 Km pedalados hora com chuva, hora com muito vento contra, mas com vantagem da certeza de acordar com um lindo dia de sol.
 
Depois de tomarmos um bom banho de rio, montamos o acampamento e exaustos, jantamos e descansamos para o próximo dia de batalhas, que prometeria em função do bom tempo.

Continua...

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