terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Seco, só no nome...


Desta vez nossos parceiros foram Diogo, Bi e Fran, que acordaram cedo (ainda de noite) num sábado que não prometia ser um dia muito especial, já que a previsão do tempo era de um dia nublado e não muito quente, e partiram conosco em direção ao rio da Serrinha, nosso plano “A”.  

Porém, chegando próximo ao Rio da Serrinha, afluente da Barragem do Rio São Bento em Siderópolis, SC., o cenário estava completamente modificado, para terem uma idéia o que era estrada, agora era um braço de rio, nos deixando assim um pouco frustrados pois uma caminhada num rio assim tão cheio, não aconteceria, por questões de segurança e também de desgaste.

Foi então que decidimos voltar um pouco na estrada e fazer uma investida no rio Seco, que neste momento se tornou nosso plano “B”. É uma caminhada menor onde provavelmente conseguiríamos chegar até a cachoeira, uma vez que no Salto da Serrinha provavelmente não teríamos a mesma sorte em função da quantidade de água e da distância do percurso ser bem maior (10km de ida). 

Assim, depois de 3 anos e meio, resolvemos encarar o Rio Seco novamente, uma caminhada pesada de muita dificuldade, mas que ao final recompensa qualquer esforço.

Todos de acordo e começamos a caminhada no vale do rio Seco, o sol ainda não tinha aparecido para nós, mas o céu já estava limpo e prometia um dia perfeito, e assim foi.

Céu azul, água cristalina, e o verde das plantas formaram um cenário que a algum tempo eu não via. O rio Seco tem uma água tão cristalina que dá vontade de pular dentro de cada poço formado ao longo do trajeto, mas fomos agüentando a vontade para tentarmos nos aproximar o quanto mais da cachoeira, que era nossa meta naquele dia.




Comparando com nossa ultima ida, o trajeto estava muito modificado, em alguns trechos nem parecia o mesmo lugar, para quem conhece o rio Seco, a chamada “lage” já não aparece mais, foi praticamente coberta por seixos e pedras maiores, e quanto mais nos aproximávamos da cachoeira o cenário ficava ainda mais diferente e difícil. A vegetação estava muito fechada, isso por ser verão, mas o tamanho das pedras e conseqüentemente dos obstáculos aumentaram consideravelmente.



Mas enfim, depois de algumas escaladas nos últimos metros e de ter percorrido 5,5km caminhando sobre pedras e muita água, sentimos um ventinho que vinha do costão, avisando que estávamos muito próximos, e mais uma curva nos mostrou um espetáculo natural incrustado nos paredões da nossa Serra Geral, a cachoeira do Rio Seco.  Muito mais imponente que da outra vez que a vi, fez meu queixo cair ao vê-la ainda a uns 100 metros de distância, fazendo muito barulho e nos refrescando a medida que íamos nos aproximando.


Foi um daqueles momentos que entramos em êxtase e não conseguimos pensar em mais nada, apenas em estar ali, sentindo toda a energia daquele lugar mágico, inóspito, exótico e quase inacessível.

Chegamos até debaixo dela, lanchamos na gruta formada na mesma parede da cachoeira. Os valentes: Diogo e Fran ainda encararam um banho geladíssimo no poço onde ela cai e como já era perto das 13:30h começamos nosso retorno.  




Na volta nos deliciamos naqueles poços de águas cristalinas que nos chamavam, desde a ida para um banho, são muitas hidromassagens naturais, é só escolher e voltar a ser criança por alguns minutos.

Muitas risadas, fotos, contemplação, com uma parceria de tirar o chapéu!

Assim, felizes da vida encerramos mais um sábado de sol, de praia para muitos e de cachoeiras para muito poucos.

Valeu Marlon, Diogo, Bi e Fran por mais esta!

Lara