segunda-feira, 23 de março de 2009

Rio da Serrinha

Olá... e mais uma vez bem vindo a todos.
Venho hoje relatar sobre um dos mais belos rios que já visitei, em todos os sentidos, seja com relação à paisagem da região que é maravilhosamente bela com suas inúmeras (e imensas) montanhas. Seja quanto à vegetação que é bem preservada e praticamente toda nativa, ou ainda pelas águas! E que Águas! São vários córregos e quedas que se fundem e tem como Foz, o lago da Barragem do Rio São Bento.
Então... essa aventura foi vivida mais uma vez pela galera aventureira do Sul de Santa Catarina. Partimos de Içara/SC em direção a Nova Veneza. Eram 7:30h da manhã e já estávamos prontos: Eu, Lara, Leck, Renato e Fernanda. Mochilas nas costas e pé na trilha. A proposta era subir o Rio por aproximadamente 7Km e encontrar uma cachoeira, que jamais algum de nós havia visto, nem mesmo em foto.
Pois bem, o caminho começa por uma estrada margeada de árvores, muita sombra. Logo cruzamos o primeiro rio, e seriam várias e várias travessias. A estradinha acaba e começa a trilha ao lado do Rio, que acreditamos ser o Rio da Serrinha, a Cachoeira levaria este mesmo nome (ao menos é o que acreditamos).
Logo estaríamos andando pelo leito deste Rio, hora pelas margens hora dentro dágua. O caminho começava a ficar mais pesado, porém ainda havia pouco desnível, ainda era uma caminhada de peso leve, porém com muitas pedras soltas que exigiam um certo cuidado. Logo o desnível começaria a aumentar, junto com o tamanho das pedras, deixando o caminho mais difícil e nossa velocidade menor. Uma das partes mais belas, que chegavam a nos emocionar, eram as piscinas naturais, inúmeras e maravilhosas. Pra todos os gostos, mais ou menos fundas, com ou sem quedas dágua. Realmente um espetáculo da Natureza. A cada passo o caminho fica um pouco mais íngreme, e já andávamos por mais de 3h. As nuvens já começavam a se formar, e qualquer chuva num local destes requer preocupação. Locais que encontramos logo cedo, bem no início da trilha, estavam ilhados desde o dia anterior devido à chuva torrencial que caiu durante três horas. Esta não é a melhor época para fazer esse tipo de aventura devido às chuvas de verão muito comuns nessa região. A proposta era não passar do meio dia caminhando, dado o tempo e as condições. Meio dia! Paramos?! Quanto falta?! Aproximadamente 1Km, "diz o gps"! Vamos então falta muito pouco (porém já haviam sidos percorridos 9Km, isso mesmo nove!). Mais meia hora pra não ultrapassarmos o limite de segurança pra hora da volta. E então 30 minutos depois havíamos andado 200m, isso mesmo 200m. O caminho continuava ficando pior, as pedras começaram a se transformar em bolders, e assim tivemos que retornar. Mas eis que dois dos mais "bravos" não desistem e investem num ataque final, mais 30minutos. Enquanto voltávamos no mesmo ritmo, Leck e Renato literalmente dispararam para encontrar, ou não, a tal cachoeira.Enquanto isso, no caminho de volta aproveitávamos cada queda e piscina encontrada, mergulhos e brincadeiras à parte, tínhamos que continuar, o tempo ta fechando.
Já estávamos com mais da metade co caminho completado e os dois incansáveis nos alcançaram.
O sorriso era tão de criança que suspeitamos. Vieram muito, muito felizes, dizendo que a tal cachoeira existia sim e que era a maior que já teriam visto. Obviamente não acreditamos, a insistência deles nos deixava duvidosos. Sorte que estavam com a câmera. As fotos comprovam tudo, em foto e vídeo. Que ainda não tenho, mas logo postarei.
Ficamos todos extremamente felizes com a nova "descoberta", porém parte do grupo com certa frustração por não ter conquistado o grande prêmio do dia, talvez até aquela "invejinha boa". Mas é isso ai segurança em primeiro lugar!
A volta rendeu tão bons momentos que nos sentimos, todos, igualmente recompensados pela caminhada.
Única e deslumbrante. Vamos?!



Aquele Abraço a todos,

até a próxima aventura!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Morro dos Conventos - Vertical

Então, cá estou eu para comentar mais uma vez nossa "brincadeira" de fim de semana, que por sinal está ficando cada vez mais séria. A Equipe Sul Adventure está cada vez mais formada, idealizada, aos poucos chegamos lá. Enfim, estávamos lá: Lara, Eu, Filipe, Aline e talvez mais empolgado de todos os parceiros: Rica Réus. Na sequência juntou-se a nós, o casal que ainda faltava: Fernanda e Renato. Tudo pronto para mais um dia de aventura e muita adrenalina.

Começamos com um rapel de aproximadamente 50m (logo que retornarmos lá, meço e digo com certeza a altura), muito bacana, uma parede suave e agradável para rapelar, porém com muitas pedras soltas. O visual é pra lá de bonito, consegue-se avistar além da imensa parede de arenito que se estende por alguns quilômetros, o Rio Araranguá e sua Foz junto ao Oceâno Atlântico, e sua localidade que leva o nome de Barra Velha, divisa entre os municípios de Araranguá e Içara, muitas e extensas dunas e logo abaixo dos nossos pés, uma pequena porção aparentemente preservada de mata atlântica. Um paraíso aos "locais", já que os próximos relevos à beira mar ficam acerca de 100Km para à Sul, em Torres, ou para Norte em Santa Marta - Laguna.
O rapel de todos foi muito tranquilo (segurança em primeiro lugar), o visual é deslumbrante e proporcionou momentos únicos mesmo aos que já tem certa bagagem nas alturas. Nota 10 a todos!!!
O retorno é feito por uma pequena trilha, uns 800m, uma parte nas dunas o restante em meio à mata, uma subida íngreme, mas que não mata ninguém.

Voltamos, recolhemos todo o equipo e partimos pra segunda parte do dia. Parada pro "almoço", isso por que era meio dia, pois na real rolou um piquenique numa sombra show de bola, bem próximo onde passaríamos o restante do dia.
Um paredão menor, onde montamos além da parada de um rapel, um tope-rope, para proporcionar uma escalada pra rapaziada que era praticamente desconhecida por todos que estavam lá; certamente novas investidas de escaladas nessa parede virão.
Já depois de muita curtição, o céu que a princípio estava totalmente azul, mudou subitamente para um tom acinzentado, a tempestade estava formada! Parecia que o céu iria desabar. Ainda tinha gente no meio da parede e todo o equipo pra recolher! Corre, corre, corre!!! Começa a chuva, e tão incrivelmente como começou, se finda! Para alegria geral. O lugar como diz um nosso outro parceiro "-é mágico", nem a chuva chega lá.

Na volta descobrimos que Criciúma estava em parte de baixo dágua, como á já vem acontecendo a alguns verões. As tempestades de fim de tarde na região estão cada vez mais intensas.

Para nós tudo de bom, a aventura foi boa de início ao fim. Até a chuva foi importante, estava muito calor e ela nos ajudou com uma trégua na temperatura.

Aquele abraço a todos,
Até a próxima aventura!!