quarta-feira, 9 de abril de 2008

Morro do Cambirela

O ano é 2006, o mês maio, a aventura certamente uma das mais difíceis que já enfrentei e provavelmente uma das que mais me lembrarei ao longo de minha vida. Um trekking alucinante, com partes que chegam a ser um espécie de escalada (subida em 90º).

Foram mais de 5h de caminhada, iniciada em uma floresta bastante preservada (pura mata atlântica, início da Serra do Tabuleiro, 27º 42' 39.19'' S 48º 41' 11.76'' W, município de Palhoça-SC), nem por isso é uma parte fácil, ja que a trilha é parcialmente aberta e com muitas pedras e árvores caídas ao longo de todo o caminho, que são facilmente ultrapassadas com a determinação de chegar logo ao topo.

A dificuldade aumenta conforme vai aumentando a altitude, uma vez que a vegetação fica mais "rala", típica dos topos mais altos das montanhas, que neste caso passa dos 1.000mts.

Encaramos essa aventura em quatro cabeças (Cristiano - um local que manja muito de andar no mato, e mais ainda do Cambirela em sí, nasceu no pé do morro - , Leck, Marlon e Ricardo).
Uma das grande dificuldades é o calor, pois estamos no meio de uma floresta tropical, tipicamente quente e úmida e ao sair desta etapa do trekking (+-2/3 da caminhada, que tem aproximados 6Km), a trilha piora e fica muito, muito mesmo, mais íngrime, e temos mais um inimigo, o sol, já que as árvores e as simbras ficaram para trás.
Nesta etapa o cansaço já toma conta de todos, e ainda temos um pedaço de extrema dificuldade pela frente, daqui já pode-se avistar a BR-101, parte de Palhoça, São José, e da Ilha de Santa Catarina. Estamos aproximadamente a 800mts do nível do mar, não nos esquecendo de que estamos a menos de 1Km do litoral.
Deste ponto a diante a dificuldade está no máximo, uma vez que ten-se um peral de cada lado da trilha, e dada a altura não é nada interessante andar num lugar destes, não fosse a adrenalina correndo nas veias.
Mais um pouco de esforço e chegamos até o topo, que é dividido em três cumes. Nosso acampamento ficou no último deles, um local que abriga no máximo quatro barras pequenas.Durante quase toda a noite enfrentamos muita chuva, que deu uma trégua de aproximadamente meia hora, o suficiente para vermos o espetáculo que é este local a noite, onde temos uma vista de todo lado oeste e sul da ilha de Florianópolis. Em compensação, ver o sol nascendo entre as nuvens com Floripa de fundo, é praticamente inexplicável, sorte que estava "armado" com minha câmara fotográfica e agora posso compartilhar com vocês, uma pena que somente a imagem.

Quem quiser sentir também toda essa energia, está ai o convite para uma próxima subida.


Aquele abraço,
Até a próxima aventura
!

2 comentários:

Caroline disse...

Fiquei alucinada com sua experiência. Eu e alguns amigos estamos nos programando pra subir nalgum findi desses. Gostaria de dicas e sugestões já que nunca fiz uma subida tão longa!
Parabéns, as fotos são demais!

Ramón García disse...

Vose es una persoa muito afortunado, Tiene sua morada cuasi en el paraiso,¡Ojalá algun dia fique con vose! para descubrirlo, con vose de Guia. FELICIDADES